12.10.07







Podemos ser crianças?

Podemos sim!

Nos primeiros passos de cada situação cair e levantar
até aprendermos a ficar de pé.

Podemos manifestar nossas vontades
sem receios de sermos criticados.

Podemos rir e falar espontaneamente
sem medo de julgamentos.

Podemos chorar sem sentir vergonha.

Podemos fazer, por imitação,
o que fazem aqueles que sabem mais.

Podemos acreditar em amigos invisíveis,
os nossos anjos de guarda.

Podemos girar de braços abertos
para sentir a energia e o prazer da vida.

Podemos falar com plantas e bichinhos
sem a preocupação de sermos malucos.

Podemos ouvir as mais belas histórias
e delas tirar sabedoria.

Podemos nos divertir das mais seimples formas.

Podemos ser nós mesmos com a liberdade
de gostar ou de não gostar.

E podemos o mais importante:

DENTRO DA VIDA BRINCAR!





Dia 15 de outubro dia do Professor

EDUCAÇÃO

“Podemos sim fazer a diferença!”

A professora Teresa conta que no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da 5ª série primária e, como todos os demais professores, lhes disse que gostava de todos por igual.


No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um garoto chamado Ricardo.



Aos poucos, ela notava que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal. Houve até momentos em que ela sentia um certo prazer em lhe dar notas vermelhas ao corrigir suas provas e trabalhos.



Ao iniciar o ano letivo, era solicitado a cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar conhecimento das anotações.



Ela deixou a ficha de Ricardo por último. Mas quando a leu foi grande a sua surpresa...

Ficha do 1º ano:
“Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar perto dele”.

Ficha do 2º ano:
“Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos. A vida em seu lar deve estar sendo muito difícil.”

Ficha do 3º ano:
“A morte de sua mãe foi um golpe muito duro para Ricardo. Ele procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.”

Ficha do 4º ano:
“Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.

Ela se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada...

E sentiu-se pior quando se lembrou dos lindos presentes de Natal que ela recebera dos alunos, com papéis coloridos, exceto o de Ricardo, que estava enrolado num papel de supermercado.



Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver que era uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade.

Apesar das piadas ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e um pouco de perfume sobre a mão.



Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de tempo na escola do que o de costume. Relembrou, ainda, o que ele lhe disse:

- A senhora está cheirosa como minha mãe!



E, naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou por longo tempo...

Em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo.



As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.

Mas a história não terminou aqui...



Tempos depois recebeu o convite de casamento e a notificação do falecimento do pai de Ricardo. Ela aceitou o convite e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes, e também o perfume.



Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:
“Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, demonstrando-me que posso fazer a diferença.”



E com os olhos banhados em lágrimas sussurrou:

- Engano seu! Depois que o conheci aprendi a lecionar e a ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma do educando.





Mais do que avaliar as provas e dar notas, o importante é ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença”. É o fazer acontecer à solidariedade, a compreensão, a ajuda mútua e o amor entre as pessoas. O resto vem por acréscimo...

Este é um segredo que só quem tem o Dom da Pedagogia do Amor conhece!

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