4.4.08







CARTA DO PAI DE ISABELLA
FONTE EXTRA:


"Todos estão me julgando sem ao menos me conhecer. Não faria isso com ninguém, muito menos com a minha filha. Amo a Isabella incondicionalmente, e prometi a ela, em frente ao caixão que, enquanto vivo, não sossego enquanto não encontrar este monstro."
Segundo a polícia, Isabella foi atirada pela janela do apartamento do pai, no sexto andar de um prédio na Vila Mazzei, zona norte de São Paulo. À polícia, Nardoni afirmou que um assaltante entrou no apartamento e jogou a menina . A porta da residência não foi arrombada. A um policial, disse ter visto o suposto agressor . O advogado dele disse que sua atual mulher, Anna Carolina Trota Peixoto Jatobá, 24 anos, que também teve prisão temporária decretada, havia perdido uma chave do imóvel.
Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina, também divulgou uma carta na qual se coloca como 'tia Carol' e lembra que preparou com Nardoni e a sogra um quarto em seu novo apartamento , para o qual o casal se mudou em fevereiro passado, e comprou baú da Hello Kitty e abajur, "mas acima de tudo isso, o carinho era o que mais contava."
Assim como o marido, diz no texto que a família não tinha se pronunciado antes porque acreditava que o crime seria solucionado. Afirma ter consciência tranqüila do carinho com que sempre a tratou.
Nesta manhã, o advogado Jairo Neves de Souza, que representa Nardoni e sua mulher, esteve no 9º Distrito Policial e afirmou que sendo providenciada a apresentação do casal. Disse ainda que, possivelmente, entrará com habeas corpus para que respondam o processo em liberdade.
" Espero que um dia me escutem como pai que sofre por sua filha e não como um monstro que não sou "
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Veja a íntegra da carta do pai:


"Eu como pai de três filhos, posso dizer sem duvida um coisa: Isabella é o maior tesouro da minha vida. Tenho outros filhos meninos, mas a minha menininha era a princesa da casa. A Isabella sempre foi muito carinhosa comigo e com os irmão dela. Costumava dizer que era a mamãe do meu filho mais novo, o Cauã, e defendia o do meio, Pietro, acima de tudo. Quando me dei conta de que tinha perdido a minha Isabella, senti naquele momento que meu mundo acabou. Não sei como caminhar.
Todos estão me julgando sem ao menos me conhecer. Não faria isso com ninguém, muito menos com a minha filha. Amo a Isabella incondicionalmente, e prometi a ela, em frente ao caixão que, enquanto vivo, não sossego enquanto não encontrar este monstro.
Tiraram a vida da minha princesa de uma maneira trágica e não me permitem sentir falta dela, pois me condenam por algo que não fiz.
Minha filha, como os irmãos dela, são tudo na minha vida. Eu estou sem rumo, mas confio que Deus me dará forças para vencer esses obstáculos, mostrando o caminho certo para a justiça.
Quero a minha filha bem, em paz, e tenho plena certeza e consciência tranqüila do meu amor, amor que tenho por ela. Pois por mais que me julguem, só eu e minha filhinha sabemos a dor que estamos sentindo.
E o mais importante é que "Isa" sabe o pai que fui para ela.
Minha mãe está à base de calmante, por falta do nosso botão de rosa, como ela diz. Meu pai chora quando lembra dela e quando assiste a cada reportagem. Minha mãe e minha irmã choram pelo que estão fazendo. Tenho muito mais a dizer, mas espero que um dia me escutem como pai que sofre por sua filha, e não como um monstro que não sou.
Nós não tínhamos feito nenhuma declaração ainda porque acreditávamos que o caso seria solucionado. Nós não somos os culpados, e ainda encontrarão o culpado. Dessa forma, não precisaríamos mostrar nossa imagem, porque o nosso sofrimento é muito grande.
Só que nos acusam e queremos mostrar o que realmente estamos sentido.
A verdade sempre prevalecerá."
" Sei que a palavra Madrasta pesa ao ouvido dos outros, mas para "Isa" sei que eu era a tia Carol "
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Veja a íntegra da carta de Anna Carolina Jatobá:


"Amor da minha vida, você é e sempre será tudo na minha vida, na do Titi e do Alemão. "Isa" a tia Carol te ama muito e te amarei. Sei que a palavra Madrasta pesa ao ouvido dos outros, mas para "Isa" sei que eu era a tia Carol. Amo ela como amo aos meus filhos. Eu tenho minha consciência tranqüila do carinho com que sempre a tratei.

Ela adorava cuidar dos irmãos e até ensinou o mais novo a andar. Ele trocava meu colo para ficar com ela.
O Pietro chamava "Isa" todos os dias e só passou a ir à escola quando "Isa" estudava lá. Adorava fazer tudo para agradá-lo. Ela e o Pietro ligavam sempre para que eu a buscasse.

Brincávamos ela, eu e o Pietro de musiquinhas, ciranda e casinha. Eu, Alexandre e minha sogra fizemos o quarto dela como ela sempre sonhou. Compramos o baú da Hello Kitty, ela adorava as princesas da Disney e compramos um abajur. Mas acima de tudo isso, o carinho era o que mais contava.
Então, o que tenho a dizer é que Isabella era tudo para todos nós. E tenho fé que encontraremos quem fez essa crueldade com nossa pequena.
Não tinhamos dado nenhuma declaração, pois acreditávamos que o caso seria solucionado. Somos inocentes e a verdade sempre prevalecerá.
Anna Carolina Jatobá"

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