29.6.09


Como saber se a pessoa com quem você está se relacionando é seu par perfeito ou ideal?

A primeira certeza é pelo olhar. O encontro entre almas gêmeas é muito intenso, acontece ao mesmo tempo no plano astral. O olhar liga um ao outro, no plano da inteligência, que é estar com Deus. A atração sexual até acaba ficando em segundo plano.

Um outro critério muito importante é o da não possessividade. Pretender possuir, considerar-se dono ou querer ter o controle sobre outra pessoa é impor a própria presença e personalidade, forçar a natureza e o próprio sentimento, ao mesmo tempo que se "afoga" a personalidade do outro. E não se pode forçar ninguém a nos amar.
Não se pode abrigar alguém a nos amar. Um relacionamento amoroso só pode progredir e dar certo se for baseado no entendimento mútuo e no respeito.

Amar e ser amado envolve sempre o dever e a responsabilidade de nos fazermos amáveis, ou seja, dignos de ser amados.

Outra certeza do encontro das almas gêmeas é o amor genuíno, a genuinidade. A pessoa não procura modelar a outra segundo a imagem que tem em mente, mas aceita-a como ela é, procurando ajudá-la a alcançar sua personalidade melhor e mais elevada. Outra coisa muito comum que acontece no início dos relacionamentos é a cobrança que uma pessoa faz em relação à outra, dizendo que só fará uma determinada coisa se a outra pessoa fizer algo em troca.

A frase "farei isto se você fizer aquilo" é contrária à natureza da alma gêmea. A alma gêmea age, não vive de reações. Ela é ativa, viva. O princípio de conduta de ambos dificilmente será modificado por influências externas ou ideais que outras ou elas próprias impuseram.

Igualmente desonesto e injusto é ficar mantendo uma "conta corrente" para controlar o que um fez em benefício do outro.

A alma gêmea é generosa e não se importa em dar mais do que recebe. Eventualmente, com o passar do tempo, poderá magoar-se, mas quando isso acontecer, muito provavelmente será um indício de que o parceiro, na realidade, não é sua alma gêmea, pois se fosse ele estaria se importando com você, tanto quanto você se importa com ele. O amor genuíno, citado antes, é oferecido sem que a ele estejam presas correntes. É o que os filósofos chamam de amor desinteressado, ou em outras palavras, o que não pode ser comercializado.

Não se pode forçar ninguém a nos amar ...

Podemos dizer que o amor genuíno é constante. Continua a ser dado, mesmo se o que se recebe em troca é exatamente o oposto do que se pretendia. O relacionamento das almas gêmeas não mantém o registro de erros nem mantém arquivos de mágoas. Além disso, o verdadeiro amor dá sempre o primeiro passo para a reconciliação rápida, ainda que não tenha a certeza quando à resposta. Quanto mais rápido, melhor. O amor verdadeiro baseia-se na fé, e não no medo.
O amor é generoso, amigo e esclarecido. Nada de leviandades ou promiscuidade.

Embora o amor seja incondicional, não é dado aleatoriamente, levianamente ou cegamente. O amor deve ser generoso e esclarecido.
O amor genuíno é o amor abrangente. Como no relacionamento de um casal, esse amor alcança e vai além do aspecto puramente físico. Este não é descartado, mas a união vai além disso, atingindo o espiritual e também o mental, sendo muito mais intenso, rico e duradouro.
O encontro de almas gêmeas rejeita qualquer distinção de raça, nação e credo, desde que haja um nível básico de afinidade que lhe garanta o início do relacionamento e sua sobrevivência.

O amor de almas gêmeas é puro e abrangente e não tem idade, pois independe do aspecto puramente físico. A união é muito mais elevada, atingindo esferas espirituais e mentais intensas, ricas e duradouras.

O primeiro passo, se você estiver sozinho, é ver as pessoas como elas são, e não como você gostaria que elas fossem. Aceite as pessoas sem preconceito. O amor que discrimina é conhecido como amor individual e não fraternal , universal.

O amor de Almas Gêmeas é inesgotável, não diminui à medida que o relacionamento continua, mas aumenta cada vez mais.

Não existe namorado, amante ou amado, muito menos divisões, desuniões ou desilusões.

O amor subsiste em outros planos e em outras vidas.








Ciúmes

Este também é um sentimento difícil de lidar, como a solidão. É um sentimento egoísta, de posse, que pode enlouquecer uma pessoa ou levá-la a cometer um crime.

Quando se trata de ciúme, muitas pessoas dizem: "Ah, uma dose de ciúme tempera um relacionamento...". E o que faria uma dose exagerada de ciúme?

O sal, em pouca dose, tempera uma comida. Ela fica agradável de ser ingerida. Mesmo sabendo que o sal é uma substância que faz mal à saúde. Como o ciúme também faz mal... em qualquer dose.Se salgamos demais a comida, ela fica impossível de ser apreciada. O ciúme também.

Muitos relacionamentos terminam por causa deste sentimento egoísta.

Devemos lembrar que TODOS somos seres individuais e LIVRES. Ninguém pertence à ninguém, portanto não podemos exigir que esta ou aquela pessoa fique 24 horas à nossa disposição. Não temos donos e não somos donos de ninguém.

Qualquer pessoa que se sinta presa, oprimida ou "engaiolada" sentirá a imensa vontade de ver-se livre de sua prisão e fará de tudo para isto. Portanto, nós, que ainda somos seres imperfeitos e sentimos ciúme, devemos testar nosso auto-controle e respeito ao ser amado, deixando-o à vontade para fazer as escolhas e tomar decisões sobre a sua vida (vida DELE(A) e não a sua).

Se você perdeu o seu amor porque é muito ciumenta(o), trabalhe a mudança interior. Mostre que você pode ser uma pessoa melhor. Diga-lhe o que lhe incomoda. O porquê de você sentir tanto ciúme. Fale (e MOSTRE) que você mudou , que você pode mudar. Se você sente ciúme é porque a pessoa amada lhe deixa insegura(o) . Mas não exija demais dele(a). Ninguém pode ser aquilo que não é. Ninguém vai além do que é capaz de fazer ou ser. Ao invés de querer mudar o outro , mude-se a si mesma(o). Comece a renovação interior por você e seja o exemplo para o outro. Se você acha que o seu amado tem defeitos, antes de apontá-los , olhe-se no espelho. Talvez os mesmo defeitos que você encontre nele(a) também encontre em você. Que tal experimentar?







Por que o ciúme é parente próximo da inveja

O desejo de querermos que o parceiro fique focado somente no relacionamento amoroso, pode estar também ligado ao fato de enxergamos o amado fazendo coisas que nós gostaríamos fazer, e não estamos, como viagens, conversar com amigos...

O ciúme é um sentimento humano, bem como a raiva, o ódio, o amor ou a paixão. Sendo assim, como todo sentimento, precisa ser entendido e integrado à consciência quando necessário, para que haja um crescimento psíquico e pessoal e também para que incômodos, sofrimentos ou angústias sejam aliviados. Então, discorreremos sobre o ciúme e algumas de suas implicações.

O que o ciumento deseja é que seu objeto de amor seja somente seu e de mais ninguém; ou seja, seu parceiro não pode ser dos amigos, da família, do trabalho, dos livros, dos esportes favoritos, dos filmes prediletos, de mais ninguém. Esse modelo de amor, de querer dominar e possuir o amado, na verdade, é uma tentativa de manter sempre o controle, a ordem e a rigidez das coisas. Isso é pura pretensão do ego, já que o amor não existe quando a vontade de poder e de controlar o outro se instala; o amor não obedece à vontade consciente do ego, mas sim de algo maior, do Self.

Assim para *Whitmont, o ciúme é uma reação egóica para compensar tanto o medo da separação como o medo de perder o controle, e revela uma genuína incapacidade de sentir dor e aceitar separações, fracassos e derrotas. Não nos relacionamos verdadeiramente com alguém, quando pensamos que teremos o controle sobre o outro e, que dessa maneira, poderemos evitar separações e sofrimentos. Além disso, "a dificuldade, o fracasso e a mágoa são tão indispensáveis ao refinamento da consciência quantos os êxitos e o êxtase da felicidade." (Whitmont, 1991:127)

O relacionamento puro, definido por **Giddens, pressupõe que haja igualdade na abertura emocional entre os parceiros e, ao mesmo tempo, traz uma autonomia para cada um dos apaixonados. Ou seja, à medida em que nos abrimos verdadeiramente para o parceiro, conseguimos perceber e aceitar suas características, potencialidades e seu desenvolvimento de uma maneira positiva, e não como uma ameaça para nós mesmos ou para o relacionamento amoroso. A partir daí, fica mais fácil aceitar e entender que o parceiro tenha amigos, trabalho, vida social intensa e que não esteja envolvido somente no relacionamento. E quando há um relacionamento puro estabelecido, percebe-se que a individualidade do outro não exclui seu envolvimento no relacionamento, e assim, pode-se aceitar também a própria individualidade.

O desejo de querermos que o parceiro "congele" e fique focado somente no relacionamento amoroso, pode estar também ligado ao fato de enxergamos o amado fazendo coisas que, na realidade, nós gostaríamos de estar fazendo e não estamos, como por exemplo: viagens, conversar com amigos e pessoas interessantes, etc. Não admitir que o parceiro faça essas coisas, revela uma falta de capacidade de viver as próprias potencialidades, que estão sendo vividas e projetadas no outro, além de uma dificuldade de aceitar o amado como ele realmente é. Ciume é parente próximo da inveja.

O ciúme não é a melhor forma de mensurarmos o amor, já que quem sente ciúme de maneira exagerada, como vimos, não aceita as características individuais, as potencialidades e não comemora as conquistas do parceiro; não aceita que o amado seja como ele realmente é. Pelo contrário, o ciumento deseja que a pessoa amada seja e viva de acordo com as vontades dele. Isso é prova de amor? Para o Grupo Junguiano de Aprimoramento em Questões Amorosas: não! Preferimos alguém que nos deixe viver como desejamos e que vibre e fique alegre junto conosco quando conquistamos algo que almejamos muito; ou que nos incentive nos nossos projetos de vida.









Amores Complicados: Escolha ou Destino?

Existem pessoas que, por mais que tentem e prometam que da próxima vez será diferente, acabam se envolvendo sempre em amores complicados.

São pessoas que vivem a paixão por um tempo, mas acabam chorando no travesseiro as mágoas de uma relação que costuma deixar atrás de si más recordações e destruição.

É como se essas pessoas possuíssem um radar que identifica, através da aparência mais normal e desejável, aquela pessoa que logo se transformará numa decepção terrível. A história se repete, como uma novela em que mudam os nomes e os perfis dos personagens, mas a trama continua a mesma.

Atrair pessoas complicadas não é um privilégio de homens nem de mulheres e pode acontecer desde à adolescência até a idade mais avançada. Quem vive esse padrão de relacionamento acostuma-se a suportar torpedos que minam a autoestima de qualquer um e desafiam a capacidade de tolerar decepções.

“Por mais estranho que pareça, as pessoas que atraímos não são pessoas “erradas”, como se costuma pensar, mas as pessoas certas para possamos trabalhar dentro de nós aspectos da afetividade que não ficaram bem resolvidos”, diz a terapeuta Águida Nozari, psicóloga pós-graduada em psicoterapia breve.

Em vez de se colocar no lugar da vítima que lamenta a falta de sorte e se sente traída pelo destino, para mudar este quadro e acabar com os amores difíceis, é preciso mudar de atitude. É fundamental abrir-se para um confronto honesto consigo próprio(a), a fim de compreender as razões que o(a) levam a escolher a dedo os(as) parceiros(as) inadequados.

A auto-estima como um leme

Pessoas que não possuem uma boa auto-imagem, que não se acham merecedoras de dar e receber amor e felicidade atraem parceiros(as) que confirmarão essa profecia auto-realizadora. Depois de algum tempo de paixão ou de um envolvimento sexual intenso, surgem as decepções.

Abandono, traição, falta de consideração e até mesmo agressões verbais ou físicas podem dar lugar à ilusão do início. O fato é que aquele amor que prometia tanto, acaba revelando-se uma fonte de sofrimento e de desgaste.

Às vezes, o problema tem origem na infância, no relacionamento com um dos pais. A criança não se sente amada, valorizada ou sequer respeitada e passa a acreditar que não tem nenhum valor. Mais tarde, ao procurar alguém para se relacionar, irá repetir a situação infantil, atraindo aquele(a) parceiro(a) que irá fazer com que se sinta novamente sem valor, desconsiderado e mal amado(a).

Se isso acontece com você, atenção! É preciso antes de tudo, que você descubra o seu valor e acredite que é uma pessoa única, merecedora de amor e de consideração.

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